Aspacer reúne lideranças para discutir pandemia

Postado em Cerâmica

Prefeitos da região não descartam lockdown

A Aspacer reuniu na quarta-feira (25), através de encontro remoto, prefeitos das cidades da região que integram o Polo Cerâmico de Santa Gertrudes, colaboradores das cerâmicas dos departamentos de Recursos Humanos e Técnicos de Segurança, além de empresários do setor e representantes do segmento hospitalar para discutir ações referentes ao combate a Covid-19. Na ocasião foi discutido a possibilidade de lockdown, um confinamento mais extremo do que o isolamento social. A infectologista Dra. Marlirani Dalla Costa Rocha e o diretor-presidente da Unimed Rio Claro, Dr. José Martiniano Grillo Neto também participaram da conversa.
“Estamos buscando ações conjuntas de combate a doença que está crescendo de forma assustadora em toda a região. Desde o início estamos trabalhando com os profissionais e gestores das empresas com diversas iniciativas para preservar a vida dos nossos trabalhadores, mas o que nos parece é que todos esses esforços estão sendo em vão”, disse Luís Fernando Quilici – diretor de relações institucionais e governamentais da Aspacer. Almir Guilherme – diretor executivo também acompanhou a discussão.
Preocupado com o número crescente de infectados, Adinan Ortolan, prefeito de Cordeirópolis citou a possibilidade da união de toda região para em uma situação de lockdown: “sabemos que está difícil as pessoas entenderem a importância do isolamento social, o que pode nos levar sim a uma decisão conjunta extrema como essa”.
“Estamos vivendo um pico da doença em nossa cidade, o que não é diferente da nossa região, por isso precisamos estar unidos”, disse Rogério Pascon – prefeito de Santa Gertrudes.
João Teixeira Júnior, prefeito de Rio Claro, citou que o município voltou a fase 1 do Plano São Paulo de flexibilização, proibindo o funcionamento do comércio não essencial. A medida já começou e vale até 4 de julho. Citou ainda o retorno as aulas, adiado por determinação do governo estadual para setembro. Mais tarde, Juninho falou que os próximos dez dias serão cruciais para saber como ficará a situação da região, citando que desde o início do isolamento social, os números só se agravaram na cidade: o número de pessoas contaminadas cresceu 500%, 300% mais internações e 100% maior foi registrado o número de óbitos.
Benjamin Ferreira Neto, vice-presidente da Anfacer (Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos, Louças Sanitárias e Congêneres) e conselheiro da Aspacer, citou que será necessário um trabalho mais firme dos gestores de Recursos Humanos e Saúde e Segurança do Trabalho, para não prejudicar ainda mais o andamento das empresas, da saúde e da economia de maneira geral. “Só assim atingiremos mais rapidamente a recuperação dessa situação preocupante que estamos vivendo”.
Em maio, a Aspacer lançou junto com equipe multidisciplinar um guia com Plano de Medidas para retomada segura do trabalho no setor cerâmico, documento que foi amplamente divulgado.
“Estamos somando forças, sempre discutindo quais ações podemos implantar em nossas fábricas”, disse Pablo Beloni – gerente de recursos Humanos da cerâmica Villagres e coordenador do Grupo de Excelência (GE) de RH da Aspacer. Rogério Ferreira – engenheiro e coordenador do GE de Saúde e Segurança do Trabalho, também disse que as ações conjuntas têm buscando ir além das fábricas, “trabalhando com a família dos funcionários”.
“Se a população não entender e atender o apelo das autoridades de saúde e realmente evitarem o convívio social em reuniões, festas, confraternizações e passeios e sair de casa somente para a compra de itens essenciais à pandemia irá se alastrar e tomar proporções ainda mais danosas tanto para a preservação de vidas e da saúde da população quanto para o prolongamento das restrições econômicas com consequências ainda piores que as atuais para todos”, complementou Benjamin Ferreira Neto.

Share on FacebookTweet about this on TwitterEmail this to someonePrint this page