Aspacer publica artigo sobre sustentabilidade no Jornal Cidade de Rio Claro

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Quem não teve acesso a edição do último sábado, 20, pode conferir no site da Aspacer o artigo assinado por Almir Guilherme, diretor executivo da associação.

Sustentabilidade

 

Realizamos três grandes eventos na Aspacer, amplamente divulgados, e que ocorreram no  mês de junho. Foram eles: o 10º Forn&Cer – Encontro Internacional de Fornecedores para Cerâmicas e Mineração, o 3o. Fórum Brasileiro do Gás Natural e o 8º Congresso da Indústria Cerâmica de Revestimento. Em apenas três dias tivemos a oportunidade de conhecermos o que há de mais moderno em equipamentos, materiais e serviços, debatermos no mais alto nível questões que envolvem o mercado de Gás Natural, além de palestras técnicas que o Congresso abordou nos mais variados temas, desde processos industriais, mineração, sustentabilidade ambiental e social.

Todo esse volume de informações demanda, de qualquer um de nós, um certo tempo para processar, organizar e colocá-las em seu devido lugar. São reflexos daquilo que os comunicadores chamam de hipermidiatização da informação,  ou seja, vivemos intensamente e muito rapidamente vários estímulos ao mesmo tempo.

Após esse tempo de reflexão, o que me chamou muito atenção e gostaria de compartilhar, foi a ênfase aos temas da sustentabilidade ambiental e social nos mais diversos setores da atividade econômica.  Vale lembrar que toda forma de desenvolvimento gera impactos, sejam eles econômicos, ambientais e sociais e é sobre esses três vetores que devemos planejar e trabalhar. Essa é a fórmula a ser adotada e equilibrada para qualquer setor da atividade econômica que deseja estar inserido, de forma responsável, no mundo globalizado de hoje. Se o desenvolvimento econômico, propriamente dito, implica em renda e riqueza, o social deve gerar não só o emprego, mas contemplar também um envolvimento com a comunidade em que se insere – e aqui é necessário pensarmos no meio ambiente e sua sustentabilidade.

O setor cerâmico já há algum tempo vem trabalhando e desenvolvendo ações nesse sentido. A mudança do GLP para o Gás Natural na matriz energética do setor resultou em uma redução significativa nas emissões de gases de efeito estufa. A utilização de energia elétrica de fontes alternativas é um projeto em pleno desenvolvimento, particularmente no modelo de células fotovoltaicas. O reuso de água e de resíduos de processo é algo já consolidado nas empresas. O reaproveitamento de energia térmica, que antes era desperdiçado nas chaminés, é item observado já no projeto inicial.

Enfim, se alguém me perguntasse há alguns anos se a nossa indústria poderia ir além do que a sociedade espera dela em termos ambientais, não saberia responder com a convicção que tenho hoje – e a resposta é sim. Baseado em estudos e pesquisas que estamos desenvolvendo e em casos de sucesso de setores com processos industriais muito mais complexos que o nosso.

Em muito pouco tempo o Polo Cerâmico de Santa Gertrudes não será conhecido somente como o maior produtor de cerâmica das Américas, mas também como um dos exemplos de sucesso na gestão sustentável do desenvolvimento “econômico – social – ambiental”.

Almir Guilherme é engenheiro civil e diretor executivo da Aspacer – Associação Paulista das Cerâmicas de Revestimento.