A produção industrial apresentou taxas negativas em 6 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE em setembro, na comparação com agosto, puxando o resultado negativo (-0,4%) da indústria nacional. As maiores quedas foram no Paraná (-6,9%), Bahia (-4,7%) e Rio de Janeiro (-4,3%). Completam os resultados negativos Pará (-1,4%) São Paulo (-0,4%) e Região Nordeste (-0,1%). Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, divulgada nesta semana.
O analista da pesquisa, Bernardo Almeida, comenta que a indústria regional vem seguindo o movimento da indústria nacional, eliminando parte do avanço observado em agosto em vários locais. “A indústria paranaense, principal influência negativa, se retrai, após avançar 5,4% no mês anterior, eliminando a expansão verificada em agosto último. Contribuíram para essa queda os setores de máquinas, aparelhos e materiais elétricos e veículos automotores. Vale salientar que esta é a taxa mais intensa do Paraná desde outubro de 2022 (-12,4)”, explica Bernardo.
O Rio de Janeiro assume a segunda posição em termos de influência negativa, com queda de 4,3% e acumulando perda de 6,2% em dois meses consecutivos de redução na produção. As principais pressões vieram dos setores extrativo e de derivados do petróleo.
A indústria de São Paulo, local que detém a maior concentração industrial (aproximados 33%), recuou 0,4% nesse mês, sob influência principalmente dos setores extrativo e derivados do petróleo.
De acordo com Bernardo Almeida, esse resultado vem após dois meses de resultados positivos, quando acumulou um ganho de 1,5%. “Ainda assim, com essa taxa de setembro, a indústria paulista se encontra 0,1% abaixo do seu patamar pré-pandemia e 21,7% abaixo do seu patamar mais alto, alcançado em março de 2011”, comenta o analista.