X Semana de Energia no Chile destaca cooperação Brasil-Argentina na expansão do mercado de gás

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O Brasil caminha para estreitar sua integração energética com a Argentina, ampliando perspectivas de fornecimento de gás natural e fortalecendo a competitividade regional. Esse tema esteve em evidência na X Semana de Energia, realizada em Santiago, no Chile, que reuniu nessa semana, líderes do setor energético da América Latina.
Luís Fernando Quilici, diretor de Relações Institucionais da ASPACER, participou do evento a convite da OLADE (Organização Latino-Americana de Energia) e integrou a Mesa de Petróleo e Gás Natural. Para ele, o encontro foi uma oportunidade de representar o setor cerâmico, trocar experiências e apresentar propostas em um ambiente de alto nível. Quilici ressaltou que a integração energética regional é um caminho estratégico para aumentar a competitividade da indústria e a produtividade da região.
Conforme Quilici, a integração energética sul-americana tem história consolidada, sobretudo com o Gasoduto Bolívia-Brasil, em operação desde 1999, atendendo boa parte da demanda brasileira de gás natural. Cerca de um terço da demanda de gás natural no Brasil é atendida por importações, das quais dois terços provêm da Bolívia (cerca de 16 milhões de metros cúbicos por dia). “Agora, a Argentina deseja avançar na ampliação de suas exportações para o Brasil, por meio de gasodutos e projetos de infraestrutura de gás natural liquefeito, como Vaca Muerta, com o objetivo de aumentar volumes de fornecimento e garantir abastecimento regional”, destacou Quilici.
Ainda segundo ele, os acordos recentes em andamento têm sido essenciais para o sucesso dessa estratégia, que tem o objetivo de aumentar os volumes de exportação e garantir o abastecimento de países vizinhos. “Durante o evento, tivemos a oportunidade de dialogar com produtores, transportadores e representantes da Secretaría de Energía de la Nación da Argentina, órgão equivalente ao Ministério de Minas e Energia do Brasil, onde propusemos uma agenda de trabalho para estudar possibilidades de importação de gás daquele país, fortalecendo a integração energética regional e criando alternativas estratégicas para garantir a competitividade do setor industrial”, finalizou.

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