O consumo de gás natural pela indústria no Brasil registrou queda de 3,6% no consumo, para 28,386 milhões de metros cúbicos por dia, enquanto o uso do gás natural veicular (GNV) recuou 14,3%, para 4,569 milhões de m³/d. No entanto, o consumo geral no país avançou 0,7%, atingindo 52,456 milhões de m³/d, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado.
A cogeração de energia também registrou retração, com queda de 28,4% no consumo de gás, para 1,317 milhão de m³/d.
Segundo Marcelo Mendonça, diretor Técnico comercial da Abegás, a queda nesses segmentos está relacionada ao custo elevado da molécula de gás no país, que apesar de avanços no ambiente livre, não se tornou de fato competitiva.
“Ainda temos baixa concorrência na oferta de molécula de gás, e isso vem se refletindo nos números”, explicou. Mendonça criticou os subsídios ao gás natural liquefeito (GNL), dos quais o gás natural não se beneficia, e destacou que o uso em veículos pesados, como caminhões e ônibus, pode ser uma alternativa para impulsionar a demanda.